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Psylocke #06 - Onde o mundo começou

Psylocke #06 - Onde o mundo começou


 Ilhas Orkney, Escócia

Nesta ilha exterior, percebe-se a natureza virgem e protegida e uma fauna extraordinária. Psylocke segue admirando como existem lugares belos na Grã-Bretanha, aos quais ela nunca imaginou conhecer. 

Inclusive, se pergunta qual motivo vir até esse país, numa busca que se parece incessante. 

“Realmente o que li na lâmina extraída do Dragão de Gales é verdadeiro. Aqui se tem a comovente sensação de se encontrar no ponto onde começou o mundo.” 

Subterrâneos

Em visita às tropas, preparadas para serem enviadas ao mesmo destino o qual está Psylocke, Serpentor analisa, um pouco impaciente, aos últimos exercícios de combate, preparação das armas e estratégias traçadas. 

O seu combate com a ninja mutante ainda não foi digerido. Como Imperador, perder para uma mulher não é confortante, muito menos privilégio. É uma humilhação. E não adiante tentar justificar o fato com a participação de um outro oponente: um dragão vermelho. 

“Eu, Firefly, minhas víboras... não está sendo nada fácil concluir essa tarefa. Mas por que essa mulher é tão poderosa?”

Pythona corre ao encontro de Serpentor, e diz, ofegante: 

- Imperador, Hammam essstá aí. 

- Finalmente. Esse imbecil deve estar trazendo o que ordenei. 

- Eu não sssoube dessa parte do plano. 

- Venha comigo. <

Serpentor e Pythona vão para a sala principal dessa base, onde são recepcionados por uma reverência feita na má vontade. 

- Poupe-me de ironias, Hammam. Trouxe o que mandei? 

- Sim, senhor. Mas antes preciso demonstrar a insatisfação de toda a Organização por causa das suas sucessivas derrotas e... 

- Cale-se! – Imperador se aproxima muito do visitante – É isso o que você é. Um mensageiro. Tem esse cargo de “comandante” porque é um puxa-sacos. Você deve vassalagem a mim, inútil. Não vou tolerar que você venha me destratar no meu reino, na frente dos meus subalternos. Exijo desculpas. 

- Hammam não esconde a insatisfação e da mesma forma como reverenciou Serpentor ao chegar, pede perdão, com o mesmo tom desagradável. 

- Serpentor continua encarando Hammam. 

- Isso vai acabar, inútil. Não se preocupe. Agora, onde está o reforço? 

- Um homem entra e para espanto de todos, não cumprimenta ninguém.

- Hum, tinhoso como você. Espero que ele realmente faça o trabalho. Enquanto a você, Hammam, ainda não terminamos a conversa. 

Os dois se afastam e Pythona se aproxima do soldado trazido por Hammam. 

- Essspero que você não decepcione o Imperador, humano. As consequências podem ser drásssticas – e passa a língua bifurcada no rosto do homem, que nada faz. 

Após mostrar a quantidade de víboras que serão enviadas para a Escócia, Serpentor ordena que Hammam dê as últimas coordenadas para o soldado humano, porque ele vai junto para a mesma ilha onde está Psylocke. 

O Imperador caminha até onde está Pythona e a envolve pela cintura com a mão esquerda.

- Venha. Tem algo que quero te contar. 

Hammam observa os dois juntos enquanto conversa com o “reforço”. 

- Sssim, meu Imperador. 

- Vou ver breve porque quero evitar mais suspeitas sobre o nosso outro plano. Vou acabar com Hammam nessa operação. 

- Vai matá-lo? 

- De uma certa forma, sim. Esse vassalo não é nada confiável – como ninguém da Organização – então, o que pensei? Ele traz esse soldado e, independente do resultado dessa batalha, eu saio vitorioso. 

- Como isssso pode ssser possssível ? 

- Se Psylocke for derrotada por esse homem, o caminho estará livre para mim. Mas se Psylocke sair vitoriosa, quem vai receber a culpa será Hammam. Precisa de mais explicações? 

- Não, meu Imperador! É um plano belíssssimo. 

- Agora venha. Vamos admirar essa ação... 

Ilhas Orkney, Escócia

Em pé, olhando a linha do horizonte que separa o céu do mar. A brisa sacode seus cabelos e seu peito a todo instante de enche de ar. A expiração é pesada, com a boca toda aberta. 

Sem mais nem menos, ela fecha os olhos e gira rapidamente o rosto para o lado esquerdo. 

O desenho vermelho sobre seu olho brilha e uma adaga psiônica faz-se sobre seu punho, até que cai na própria mão. 

Ainda em pé, ela espera o que está vindo. 

***

Ela volta para a mesma posição que estava antes de se iniciar o combate. Em pé, olhando a linha do horizonte que separa o céu do mar. A brisa sacode seus cabelos e seu peito a todo instante de enche de ar. 

Mas agora ela sorri com Gomurr. 

Eles têm uma conversa interna, nos pensamentos. Psylocke continua sorrindo. 

Como se estivesse aliviada. Sensação de dever cumprido. 

Ao finalizar a espécie de transe, enquanto se comunicava telepaticamente com Gomurr, ela desenha na grossa areia escura, uma torre de relógio. 

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