- Srta. Hardy, a janela está emperrada!
Calmamente, Felicia Hardy olha fixamente para o corretor de imóveis. Leve sorriso. Apoia as mãos no vidro. Um rápido movimento e a janela é aberta.
- Eu fico com ele. Tem uma bela vista…!
- Ótimo, Srta. Hardy. Vamos fechar o contrato.
Algumas horas depois…
“Essa é a última caixa. Agora vem a pior parte: arrumá-las! Mas sei que serei recompensada. De uma certa forma, essa empresa de investigação que estou abrindo deve ser algo como uma saída. Ocupar o meu tempo. Depois de tantos problemas enfrentados, e na maioria saindo vitoriosa, creio que é a única coisa que poderei fazer… com prazer. Ah, Peter… Estamos afastados há muito tempo… Cat’s Eye. Esse será o nome da investigadora particular. Não sei se conseguiria fazer outra coisa sem ser a Gata Negra. Mesmo sem meus poderes, ainda conheço muitas pessoas e, principalmente, o submundo. Essa é a parte que mais gosto! Ninguém conhece essa cidade melhor do que a Gata Negra. A cidade onde tudo pode acontecer. E geralmente acontece.”
Felicia Hardy estava disposta a mudar. Porém, precisava manter viva a sensação de liberdade, a excitação ao enfrentar o perigo. Isso a mantinha viva. Passaram-se alguns dias e a Cat’s Eye já estava funcionando.
- Vejamos… Burocracia e contatos já foram realizados. Resta esperar algum trabalho. De acordo com minhas anotações as pessoas que, provavelmente, precisarão dos meus serviços já foram informadas. – liga o computador – Café! Preciso tomar um café!
Pega-o e aproxima-se da sua cadeira. Olha a paisagem através da janela. Momento de recordações. Seu cabelo platinado brilhava com a luz da lua. Seu uniforme preto modelava ainda mais o seu corpo. Imaginava novamente pulando os edifícios. A adrenalina percorrendo o corpo ao saltar de uma altura considerável, sem se importar se o gancho encontraria algum lugar para segurar, se suportaria o peso… Sentia falta de enfrentar inimigos, sozinha ou com a ajuda do Homem-Aranha, ou qualquer outro parceiro. Mas suas lembranças são interrompidas. Alguém está lá fora. Alguém que precisa de sua ajuda.
- Entre. Em que posso ser útil?
Um susto. Felicia não parece acreditar. Carmen Peet. Mulher de um Diplomata. Possuidora, agora, de muito dinheiro e bens. Agora? Sim.
- Felicia Hardy. Meu marido foi assassinado ontem, em uma suíte do Belvedere Hotel. Eu quero que você prove que o assassino é o assessor Thompson.
- Sente-se, Sra. Peet. Conte-me tudo. O que houve realmente?
- O Sr. Peet, meu marido, foi encontrado baleado e com sinais de estrangulamento. Eu pago o que pedir, mas faça com que Thompson seja incriminado!
Felicia estava chocada. Ela sabe o que é perder alguém que ama muito.
- Isso basta. Vá para casa e descanse. Amanhã mesmo entrarei em contato com a senhora.
- Só precisa dessas informações?
- Sim, é o suficiente. Amanhã terá um dia difícil, então procure descansar.
- Pegue esse dinheiro. Quando resolver meu caso, pagarei mais. Muito mais!
Felicia vibra ao ver que pode dar certo. Acompanha Carmen Peet até a porta.
- Amanhã nos falamos.
Noite
Visão externa. A luz do local onde se situa a Cat’s Eye ainda está acesa.
A primeira coisa que tenho que fazer é ir ao distrito copiar os dados que a polícia tem sobre o assassinato do Diplomata. Já entrei lá diversas vezes… Eu poderia até contar com a ajuda de um conhecido, mas como diz o ditado: se quer as coisas bem feitas, faça você mesma!
Felicia senta-se à mesa. Pernas cruzadas, mãos sustentando o corpo. Cabeça erguida, olhos fechados. Sorriso sarcástico. Delicia-se com o momento. Levanta calmamente e caminha pela sala a procura de algo. Encontra. Uma maleta prata. É aberta. Outro sorriso. Tira de dentro o seu uniforme. Suas peças pessoais rapidamente caem no chão. Lentamente veste a roupa justa e preta. As luvas. As botas. A gargantilha. De um pequeno estojo, retira um par de lentes de contato. Visão noturna e diversos níveis de aproximações. Ao se olhar no espelho, percebe que a lente está pintada. Olhos de gato. Salta para trás. Alonga o corpo.
- Preparem-se. A Gata Negra está em atividade… Novamente!
Departamento de Polícia da Cidade de Nova York
“Não acredito que o esquema da ronda e segurança ainda é o mesmo! Tenho exatos quinze minutos para encontrar e registrar o que preciso. Como essa sensação é maravilhosa… Hora de entrar!”
Nesse instante a Gata Negra, com a agilidade de um felino, penetra no distrito. Uma rápida busca e encontra o que queria. Os dados da ocorrência, depoimentos de testemunhas, laudos médicos e fotos da perícia. Tudo registrado em uma pequena máquina fotográfica digital.
- Vejamos… Acho que uma visita ao quarto do hotel onde houve o crime será de extrema importância… Mas não agora. Quero aproveitar o “passeio”…
Assim que concluiu, a Gata Negra se joga pela janela. Seus cabelos balançam com o vento. Arremessa o gancho, que rapidamente se prende em um lugar seguro. Passeia pela cidade, admirando os arranha-céus.
Cat’s Eye, dia seguinte
- Muitas coisas estranhas… Ei! Você não pode entrar assim, sem anunciar!
- Mudanças de plano, Felicia Hardy. Ou seria melhor chamá-la de Gata Negra, a ladra?
- Ei! Não sou mais uma ladra!
- Sinto desapontá-la, mas nunca ouvi falar de “ex-ladrão”. Não tenho a menor confiança em você. Contrato cancelado!
- Sra. Peet… Mantenha a calma. Estou regenerada…
- Não quero saber! Estamos acertadas. Cancelado!
- Nem quer saber se já tenho novidades?
- Novidades? O que está esperando? Conte-me!
- Pensei que havia cancelado o contrato…
- Esqueça, Felicia. O que descobriu?
- Sabe se alguém queria o seu marido morto? Uma amante, quem sabe?
- Bom… Tenho uma conversa entre meu marido e seu assessor, onde discutem violentamente. Ele acabou sendo despedido. Um dia depois, meu marido apareceu morto…
- Como conseguiu essa conversa?
- Meu marido já vinha tendo problemas com seu assessor, Thompson. A partir de uma ameaça, deixada na secretária eletrônica, resolveu gravar qualquer diálogo com ele.
- Então é o principal suspeito… Por que ainda não foi detido?
- A polícia não considera apenas essa ameaça como uma prova incriminadora. Por isso, preciso que me ajude a incriminá-lo. Acha que meu marido poderia me trair?
- Sra. Peet, ele está morto. Todas as possibilidades são possíveis. Pode ter sido morto pela amante porque preferiu você…
- Está certa… Hoje à noite darei uma festa beneficente na minha mansão. Sinta-se convidada.
- Obrigada. Caso o trabalho permita, adorarei tomar champanhe e comer caviar…
- Passar bem, Gata Negra.
“Odiei o tom da voz… Como ela lembrou que Felicia Hardy e a Gata Negra são a mesma pessoa? Eu sei que todos sabem, mas fiquei muito tempo sem agir, justamente para que esquecessem…”
The Belvedere Hotel
“Essa deve ser umas das melhores suítes. Janela fechada. Um pouco mais de força… Uhng… Aberta! Nossa, de uns dias para cá estou tendo facilidades para abrir janelas… Isolado. Tudo ainda no mesmo lugar. Que bom que a perícia não atrapalhou meu trabalho…”
Caminha até a porta e ouve algo. Respirações e diálogos.
“Guardas fazendo a segurança. Tenho que ser rápida…”
Enquanto procura algo, Felicia parece não se importar com a cena. Objetos quebrados. O lençol manchado de sangue.
“Certamente houve uma briga. Os dados da perícia vão confirmar. Algumas peças estão fora do lugar. Preciso voltar para a Cat’s Eye e estudar o que adquiri no departamento de polícia. Mas… o que é aquilo?”
Felicia nota um pequeno objeto perto da cama. Quase invisível para olhos normais. Aproxima-se calmamente, até encostar em uma das paredes.
“Um… Um brinco! Mas… Como? Pois bem, Felicia. Este caso vai ser muito mais interessante do que o imaginado!”
Queens, manhã seguinte
“Eis a residência do principal suspeito. Não sei qual será sua reação… Parece que não tem ninguém em casa…”
Nesse instante, um homem se aproxima de Felicia. É o assessor Thompson.
- Está procurando algo?
- Sr. Thompson?
- Sim. Em que posso ajudá-la?
- Felicia Hardy, detetive particular. Venho em nome da Sra. Peet…
- Detetive? Anh… Não gostaria de entrar?
Felicia responde positivamente com a cabeça. Acomodam-se no sofá. É servida de petiscos e um drinque. A conversa flui naturalmente. Sem pressões e mentiras. Fica meio confusa com as revelações feitas por Thompson.
- Nós realmente discutimos e por isso fui despedido. Mas nunca o ameacei de morte. Tampouco o matei. Veja isso. Meu álibi. Estava em Nova Jersey quando ocorreu o assassinato. Firmava um contrato. Emprego novo, sabe? Sou bom funcionário e fiz muitos amigos enquanto trabalhava para o Sr. Peet. Não posso ser condenado.
- Por que vocês discutiram?
- Bem… É meio embaraçoso. Sr. Peet andava desconfiado que eu e a Sra. Peet tínhamos um caso. Ele descobriu tudo. Éramos amantes, sabe? Ninguém manda no coração.
“Realmente, Thompson. Ninguém manda no coração. Ninguém…”
- Então você e a Sra. Peet…
- Sim! Confesso! Mas não o matei. Quem fez isso foi a própria Carmen.
Lower Manhattan, Escritório de Advocacia
- Então Srta. Hardy, está trabalhando para a Sra. Peet?
- Exatamente, Dr. Smith.
- E por isso, acha-se no direito de me fazer perguntas…?
- Não fiz nenhuma pergunta. Pedi para ver o inventário do Sr. Peet. Há algo na Lei que proíba isso?
- Felicia Hardy… Vou fazer esse favor. Espere um instante.
“Não vejo isso como um favor…”.
- Aqui está. Tenho umas coisas pendentes para serem resolvidas. Fique à vontade e não precisa me esperar para ir embora. Só peço que não mexa em nada e deixe a pasta na mesa assim que terminar.
- Obrigada, Dr. Smith. Está sendo de grande ajuda.
Duas horas depois…
“Não é possível! Aqui consta que os bens não foram passados para o nome da Sra. Peet. Ela não tem direito algum sobre o patrimônio do marido. Não, Felicia. Não pense que por isso… Acabo de lembrar que preciso ir a uma festa essa noite…”
Mansão Peet
Felicia Hardy acaba de chegar. Muitos carros, seguranças e convidados. Canhões de luz iluminam o céu. Ao entrar, é recepcionada e levada ao salão principal, onde encontra a Sra. Peet.
- Felicia! Que bom que veio! Sinto-me até mais segura agora!
- Com vai, Sra. Peet? Não vim a trabalho. Realmente quero tomar um champanhe e comer caviar…
- Que senso de humor! Vamos, fique à vontade!
- Obrigada! Ah, parabéns pela linda festa!
Em poucos minutos, Felicia se mistura aos convidados. Percebe o quanto é notada. Encosta-se a uma pilastra e aceita o champanhe que lhe foi servido. Solitária.
“De acordo com o depoimento de uma funcionária do hotel, uma mulher saiu do quarto do Diplomata. Mas isso é muito relativo. Ele é importante e várias pessoas iam lhe falar… Não lembro de ter lido que viram a esposa no dia em que morreu. Por que ainda estou com essa idéia na cabeça? É melhor fazer o que penso.”
Em frações de segundos, Felicia some meio aos convidados. Percebe o quão rico era o Sr. Peet. Sobe uma escada. É surpreendida por um empregado da casa. Consegue disfarçar e convencê-lo, afirmando que vai ao sanitário. Ele explica detalhadamente. O caminho agora está livre. Ela consegue o que quer, como (quase) sempre. O quarto de Carmen Peet.
“Não faço nada de errado. A anfitriã autorizou-me que ficasse à vontade… Rápido, gatinha! Tem pouco tempo para encontrar o que deseja. Como não era uma jóia muito valiosa, não deve estar no cofre, e sim… Numa caixa de jóias! Jackpot! Um brinco… Falta o outro para completar o par… Mas… É igual ao que encontrei no quarto do hotel! Droga. Alguém está se aproximando. A janela!”
Cat’s Eye, mesma noite
- John? Felicia Hardy. Estava dormindo?
- Fel! Quanto tempo! Sabe que um jornalista criminalista não dorme… Mas diga, qual o motivo para me procurar, ainda mais numa hora dessa?
- Coisas quentes sobre o caso Peet. Estou enviando tudo para o seu e-mail. Podemos conversar melhor, pessoalmente?
- Hum… Está me paquerando?
- John…
- Brincadeira… Claro! Almoço?
- Não se preocupe. Eu te acho.
- Como sempre. Até breve.
“John… Grande amigo. É um agente disfarçado de jornalista. O que fazem por um dinheiro a mais… Ah, ah, ah! Que é isso… Aarrgghh!!
- Temos que ser rápidos, 3I. Mate-a!
- Com todo prazer, 3II. Depois faremos uma brincadeirinha com ela!
- Acham mesmo que um simples corte no braço vai me deter?
Felicia vai enfrentá-los. Ela não tem mais os poderes, mas ainda sabe lutar. Sua técnica marcial é própria de defesa pessoal. Eles estão armados de um punhal e uma pistola. Ela conta com a agilidade adquirida em anos de treinamento e aventuras. O que está armado com o punhal vem, rapidamente, em sua direção. Ela consegue segurar o braço e o imobiliza. O outro homem, munido da pistola, dispara dois tiros. Felicia faz o primeiro homem de escudo. Balas cravadas no estômago e tórax. Ela pega o punhal e joga no outro. Acerta-lhe a coxa. Ele cai. Gritos aterrorizantes. Felicia solta o corpo baleado. Pára, respira. Ela está viva e tentaram matá-la. Desesperadamente, pega o telefone e pensa em ligar para Peter Parker, mas prefere o agente John. Em pouco tempo, ele já está acalmando a amiga.
- Um deles confessou que a Sra. Peet a viu vasculhando o quarto, e por isso, mandou que eles matassem você. Fel, deixe que eu cuido desses dois. Enquanto a você, quero que suma até amanhã e vá ao encontro de Carmen. Temos provas suficientes para incriminá-la.
- Não! Finja que é um dos homens que ela contratou, e pelo telefone afirme que o serviço foi feito. Agora mesmo a Gata Negra vai visitar aquela mulher. Feche os olhos. Vou me trocar…
Mansão Peet, jardim da entrada principal
“A festa acabou faz tempo. Ela deve estar dormindo. Como eu pude acreditar que realmente estava arrasada com a morte do marido? Tudo se encaixa. Os seguranças estão cansados e aqui está escuro. Será fácil subir por fora até o quarto da Sra. Peet. Se não me engano, essa janela dá acesso ao cômodo…”
Felicia dispara o gancho. Encaixa-se perfeitamente na marquise. Rapidamente chega na janela. Pára. A luz da lua ilumina seus cabelos. Agacha-se. A Sra. Peet sai do sanitário enrolada em uma toalha, cantarolando algo inaudível. Está crente de que Felicia Hardy está morta. Ao virar-se à procura do interruptor, na intenção de acabar com o breu do quarto, vê um par de olhos de gato na janela e um brilho platinado. Acende a luz. Nesse instante, Gata Negra voa em sua direção, derrubando-a no chão.
- Carmen Peet. Você assassinou o próprio marido para poder possuir os bens e fugir com o amante, não foi?
- Como me acusa? Você não tem provas!
- Mesmo se não as tivesse, você tentou me matar. Enquanto às provas, estão em um lugar seguro. Assuma o crime!
Carmen chora. Levanta e senta-se na cama. Gata Negra observa cada detalhe.
- Tinha combinado com Thompson para ficarmos com os bens do meu marido. Mas Thompson me deixou porque descobriu que meu marido não havia deixado os bens para mim… Descobriu que éramos amantes. Thompson não me contou isso. Depois de saber que tinha sido traída pelo próprio amante, pedi para você incriminá-lo de qualquer forma.
- E enquanto ao seu marido, como o matou?
- Nós discutimos no quarto do hotel. Ele me bateu. Deve ter sido nessa hora que perdi meu brinco. Só senti falta quando cheguei em casa… Tive que estrangulá-lo, para não morrer dessa forma. Como não sabia se estava morto, disparei tiros em quase todo o corpo. Assim como farei em você agora!
Carmen retira de baixo do travesseiro uma pistola automática. Gata Negra salta para trás. O tiro acerta um valioso quadro. Gata Negra pula para cima de Carmen, que consegue disparar outro tiro. Os olhos da felina tremem. Ela sente um líquido quente escorrendo pelo braço. Descobre que o tiro passou perto, ferindo-lhe levemente, no mesmo lugar onde um dos homens a cortou. Azar? Com uma rápida flexionada nas mãos, as unhas são ativadas. Com um veloz movimento, arranca a arma da mão de Carmen. Esta, desespera-se ao ver um leve arranhão em sua mão. Gata Negra a imobiliza. Uma mão segura seu pescoço.
- Essas unhas são bastante afiadas. Qualquer movimento corto profundamente seu pescoço. Sua jugular vai estourar e muito sangue escoará.
Carmen está paralisada. A Gata Negra amarra os braços da assassina e salta para trás. Pega a pistola e confirma. De acordo com a perícia, a mesma arma de onde foram disparados os tiros que mataram o Diplomata.
- Você não tem como provar que fui eu, Felicia Hardy! Que esses brincos não são meus! Não serei julgada pelo assassinato de meu marido, mesmo com as provas que você possui.
Felicia ri ironicamente. Pega um pequeno gravador e mostra a conversa. A própria confissão. E para surpresa de Carmen, a conversa que teve com Thompson.
- É mesmo, Carmen Peet? Dê-me licença. Preciso dar um telefonema para um amigo!
Ela liga para John e conta o ocorrido. Deixa a fita, o par de brincos e a pistola em um lugar visível, combinado com o amigo. Confere se Carmen está bem presa e vai para a janela.
- Daqui a pouco a polícia estará aqui. Será condenada, Sra. Peet. Mas não se preocupe… Thompson vai ser julgado como cúmplice. Trabalho realizado. Ah, ia me esquecendo… Ainda me deve a outra parte do pagamento. Essas joias servem…
Cat’s Eye, dia seguinte
“Recado na secretária eletrônica… John afirmando a enorme publicidade que estou tendo por ter resolvido esse caso. Isso é bom… Muito bom! Espero não entrar em conflito com a polícia e os federais. Quem manda terem uma concorrente muito mais atraente? Mas como uma pessoa mata por dinheiro… Eu ainda acredito no amor. Apenas não o tenho… Que bela vista tenho daqui! Uhng…! A janela emperrou. Como fazer mesmo? Ah… Mãos no vidro, um rápido empurrão… Assim! Nova York. A cidade onde tudo pode acontecer. E geralmente acontece…”
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