Elektra #08: Magatama - YUUKI
Elektra e o Guerreiro Kahama duelam no Palácio de Verão. Setsuko chega à China e está a um passo de reaver o Magatama. O Eleito finalmente pode descansar em paz... na companhia de alguém muito especial! E mais: Xia Nai e Fei descobrem o maior segredo do Império Chinês!
Palácio de Verão, Pequim
Tempo depois da caminhada saindo do Templo do Céu, Elektra chega ao Palácio de Verão, o jardim imperial e paço de veraneio da Dinastia Qing. Ele está situado nos subúrbios ao noroeste da cidade que, dezenas de anos atrás, ainda era um pouco afastado de Pequim.
A ninja ainda não sabe o que vem pela frente. Afinal, o que ela pode pensar mais? Enfrentou os 47 Samurais e agora se depara com uma ameaça ainda maior: o Clã Kahama, composto pela elite dos soldados da deusa japonesa do Sol, Amaterasu.
Foi ela quem trouxe do mundo dos mortos estes guerreiros, para auxiliá-la na missão de resgatar os símbolos imperiais do Japão: a Joia, o Sabre e o Espelho.
Mas os fatos vão além disso. Antes de morrer, Tsao, o último sensei de Elektra, afirmou que essa poderia ser a última, a mais importante, e a mais reveladora de todas as batalhas. Um novo destino para a própria vida, um novo conhecimento da própria história.
E aqui, no Palácio de Verão, a assassina busca seu próximo desafio. Ela não quer mais conseguir um motivo para se defender. Ela não mais tenta convencer – ou se convencer – de que não roubou o Orbe da Vida. Ela luta. Não para sobreviver. E sim, para se acalmar.
Anyang, província central de Henan
Como já dito, aqui estão localizadas as ruínas de Yin, que datam do ano 3.300 a.C. e são os restos mais antigos da antiga capital chinesa, de uma dinastia conhecida como Shang ou Yin (séculos XVII-XII a.C.).
E aqui, no mesmo local onde há poucos dias Fei e Xia Nai buscavam pistas sobre os símbolos do império japonês, que a deidade solar surge, com o clarão e as pétalas de cerejeira.
- Estou fraca! Só que eu posso sentir que o Magatama está perto. A energia que emana dessa peça semicircular pode ser sentida de longe... ainda mais aqui mesmo, na China.
Apesar de ser uma deusa, Setsuko não está poderosa. Isso porque ela está na China. E a força de Amaterasu não tem muita influência em território chinês. É como se houvesse uma barreira que a impedisse de usufruir da magia.
Ela está fraca. Mas ainda é uma deusa.
- É o mesmo Sol!
Mas também é o mesmo Céu.
- Preciso encontrar o Magatama. Ao menos assim, mesmo aqui na China, estarei um pouco mais forte. Não posso gastar muita energia, caso contrário, posso morrer. Preciso me concentrar e buscar a energia da jóia. Com ela em mãos vou conseguir realizar a profecia.
Palácio de Verão
Em 1750, Qianlong, o quarto imperador da Dinastia Ming (1368-1644), sob o pretexto de homenagear a Imperatriz Mãe, mobilizou carpinteiros e construtores e investiu um sétimo da receita total da corte para iniciar o projeto do jardim Qingyiyuan.
Depois de 15 anos, em 1764, o jardim Qingyiyuan foi concluído. Porém, em 1860, os invasores das tropas anglo-francesas o destruíram. Mas, em 1888, quando a Imperatriz Mãe tomou o poder, começou a reconstrução e passou a se denominar Palácio de Verão.
Ele possui uma superfície de 290 hectares, das quais três quartos são cobertas por água. Todo o jardim é dividido em três setores: administração imperial, residência e paisagens.
E logo depois da entrada, ainda no primeiro setor, se localiza o Palácio Renshou. Ali está o Kahama.
- Vejo que ainda está viva, Arma Letal. Se morrer aqui vai ter paz, o que você tanto necessita. Eu sou YUUKI, o Guerreiro do Valor, da Coragem e da Bravura. Neste palácio com sentido de Benevolência e Longevidade é que vou te enterrar – diz sem esconder seu Kau Sin Ke.[1]
Como sempre, a única reação da ninja assassina é sacar – e girar – os sais.
E sorrir.
Luoyang
Depois das pistas encontradas nas escavações em Xangai, Xia Nai e Fei chegaram à cidade de Luoyang, antiga capital do império chinês, localidade famosa por suas cavernas budistas (Patrimônio Mundial da Unesco).
A descoberta arqueológica que atraiu os dois foi feita de forma casual, durante obras na praça principal da cidade. São 397 tumbas pertencentes à Dinastia Zhou do Leste (séculos 8 a 3 a.C.).
- Veja, Fei, também foram encontrados na necrópole de seis mil metros quadrados, 18 altares de sacrifício de cavalos e outros animais, e túmulos de dinastias posteriores… como a Qin (3 a.C.) e a Han (e a.C. e 1 d.C).
- Deve ser um cemitério para reis e aristocratas da época e que, após ser usado por vários séculos, foi destruído… pelo que percebo, mais de mil anos depois, no século 11 da nossa era.
- As escavações vão ser concentradas na área maior de sacrifícios achados, em busca do túmulo de algum rei ou aristocrata importante, pois nesta época se costumava colocar cavalos e carros perto das tumbas das pessoas mais ilustres do reino.
- Então achamos o tão procurado túmulo do Imperador Qin?
Palácio de Verão
Encostado numa montanha e voltado para o lago Kunming, com o Templo Foxiang como construção principal, ligado por longos diques e compridos corredores, o Palácio de Verão mostra um grande ambiente de natureza "Céu e Terra" numa área restrita, assim tentando impor o poderio imperial sobre o meio-ambiente.
Mesmo sendo uma obra humana, mais de 100 paisagens com lagos e montes harmonizam-se num panorama muito natural. Mais de três mil cômodos foram construídos e localizados por entre montes e rios.
Neste cenário, ao som de pássaros e insetos, que Elektra e YUUKI se enfrentam.
Como é comum a dois lutadores desse grau, a primeira contenda se dá em nível espiritual, pois reza uma lenda que, quando dois guerreiros se deparam, o primeiro enfrentamento é a pela força espiritual.
Olhos nos olhos, ambos se encaram.
Nem um músculo se mexe.
Tamanha é a concentração de Elektra, que nem a leve brisa consegue mover seus longos cabelos negros como a noite.
Sua alma também já foi negra como a noite, mas hoje, de que cor ela seria?
Eles se encaram, e a primeira batalha está decidida, um deles não tem força espiritual para suportar a contenda final. E vai morrer em breve.
Sem sofrer.
Será?
O Guerreiro coloca as duas mãos juntas, sob o peito, como uma espécie de referência, ao tempo em que Elektra relaxa os braços e faz movimentos circulares com a cabeça.
Como se a sinfonia fosse essa.
YUUKI grita e corre na direção de Elektra, manipulando as barras de ferro presas por elos de correntes. Elektra espera ansiosamente pelo ataque. O primeiro.
A distância percorrida pelos combatentes é grande e pequena. Grande em extensão, pequena pela agilidade dependida dos corpos atléticos e prontos.
Leva menos de um segundo.
Os dois estão com as duas mãos ocupadas. Os dois com as armas em movimento curto.
O Kahama investe contra a ninja, arremessando as pontas do Kau Sin Ke em diversas partes daquele corpo curvilíneo. Os sais não as rebatem porque a agilidade da mulher é superior.
Elektra dança ao som das pontas passando perto do seu corpo. O movimento de desvio é gracioso, límpido.
A ninja nunca pareceu tão relaxada numa luta assim. Especialmente numa luta contra um Samurai Solar.
Então o primeiro ataque dela.
Um único salto e dois sais arremessados. Mira perfeita. Morte provável.
Ao cair, de costas para o inimigo, a ninja não vê que as armas estão vermelhas e longe do alvo.
Estão em brasa.
Calmamente ela se vira e seu corpo é tomado por uma sensação estranha. Uma sensação quente.
- Não vou perder tempo como meus irmãos, Arma Letal. Se for para te matar, vou te matar sem te dar chances de que você tente me derrotar.
O Kahama ergue os braços sacudindo as barras de ferro e grita.
Elektra salta e sai rolando pelo chão até encontrar os sais. Ao segurá-los, tem as palmas das mãos queimadas. E marcadas pelos cabos das armas.
- Sou um Guerreiro Solar, Arma Letal. Tenho poderes como os outros já derrotados.
Agora é o corpo do homem que arde e dele emana um calor infernal. Não são chamas, como se ele pegasse fogo. É calor. Ardência. A vegetação ao seu lado jaz seca. Elektra começa a suar.
Tudo quente. A visão da ninja fica embaçada.
Sem poder utilizar os sais, a ela o resta usar o que lhe foi de mais precioso ensinado. A arte ninja. A arte de usar o corpo para lutar. Se defender. Matar.
A assassina utiliza as pernas ao desistir de tentar sacar as armas brancas, o que faz com que YUUKI sorria.
Ela avança sem pestanejar.
Os pés velozes batem em diversas partes do corpo do Kahama: pés, joelhos, coxas e cintura. Estomago. Peitoral.
A perna de Elektra queima.
Sangue.
O Guerreiro cai de bruços.
O Kau Sin Ke se parte em dois.
O sorriso não mais está em sua face. Ele não acredita no feito da assassina. Mas seus olhos brilham levemente.
Os sais não vão funcionar.
- Se você conseguir me derrotar, não matar, apenas derrotar, eu te indico o próximo passo. Basta você utilizar meu utensílio. Mas será você capaz de realizar isso? De me matar sem armas?
Mu Fa, Chinatown, NY
Agora é o momento da purificação. Um momento tão esperado quanto o seguimento das ordens. O Imperador vai ser enterrado e levado ao Céu. Só que dessa vez, infelizmente, o corpo não será enterrado com glórias, como deve ser feito quando um monarca morre.
- A situação não permite – diz o único sobrevivente seguidor do Eleito.
O que ele pode fazer é manter um costume de queimar dinheiro, casas de papel e bens materiais para assegurarem a riqueza da alma. Comidas como arroz e galinha, vinho, frutas e pães são ofertados ao morto a fim de evitar-lhe a fome. E cânticos taoístas, entoados pelo único homem, embalam a alma para o paraíso e evitam que esta se encaminhe ao inferno.
- Faltam peças de jade. [2]
O seguidor coloca dentro do túmulo, ao lado do corpo, um ornamento cerimonial de jade redondo com um orifício no centro (chamado de pi) esculpido para honrar os deuses do Céu, e um ornamento longo de jade oco com lados retangulares (chamado ts’ung) feito para honrar os espíritos da terra. Contornando o túmulo, mercúrio líquido, para afugentar desde ladrões até os maus espíritos.
- E então, depois da morte de Pan Gu, a sua respiração transformou-se nos ventos e nuvens; sua voz, no trovão; um dos olhos tornou-se o Sol e outro, a Lua. Os braços, pernas e o tronco converteram-se em cinco grandes montanhas e seu sangue deu origem aos rios e lagos. Os nervos tornaram-se estradas e os músculos se converteram em terras férteis. Os cabelos e as barbas, as estrelas, e os pelos finos e a pele, flores e árvores. Os seus ossos tornaram-se jade e pérolas e o suor transformou-se no orvalho e na chuva que alimentam todos os seres vivos do planeta. [3]
Dentro do Templo, o homem coloca a pesada pedra e fecha a tumba do Eleito.
Luoyang
Xia Nai e Fei vasculham as tumbas das dinastias Zhou do Leste, Han e Qin, na tentativa de descobrir o túmulo deste último Imperador.
- Não sei ao certo. É muita coincidência. E é muito fácil. A maior preocupação deste Imperador era que seu túmulo nunca fosse descoberto, tanto que todas as pessoas que trabalharam na sua construção ficaram dentro e morreram lá.
- Com certeza vamos encontrar pistas, se a tumba de Qin não estiver aqui.
- Ainda mais porque dentro das tumbas estão cerâmicas, bronzes, armas e artigos de jade.
- Muito jade.
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“O caminho foi árduo. Uma batalha incessante. E eu falhei. De nada adiantou toda a confiança depositada em mim. Eu, o Augusto, o Filho do Céu, fracassei. Fracassei. Não por incompetência, e sim pela quantidade de objetos externos. Meus poderes não foram suficientes para enfrentar todo o mal investido contra meu povo, contra meu país. Contra mim. Eu juro vingança, mas para isso preciso da piedade Dele. Ou Ele vai me mandar para o Juiz do Averno, ou vou direto para o Inferno.”
- Não se desespere, Eleito. Eu sou sábio.
- Meu imperador Qin, ó, senhor. Piedade.
- A nossa luta ainda não acabou.
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Xangai
Mais um clarão e flores de cerejeiras deixaram a província de Henan para aparecer em Xangai. Neste local, Setsuko investiga as sete tumbas descobertas da dinastia Ming (1368-1644) em uma obra no porto.
- O Magatama esteve aqui. Eu posso sentir, apesar de estar quase sem poderes. Só tenho energia para mais uma viagem, e se eu fracassar, vou convalescer aqui, na China, onde serei alvo fácil para meus inimigos.
Setsuko não pode gastar mais energia, muito menos contactar o Clã Kahama, porque ela deu ordens expressas de que eles matassem Elektra, e que a cada pista nova sobre o Orbe da Vida, automaticamente eles seriam remanejados para um local diferente. É como se eles, de uma certa forma, ajudassem a ninja a encontrar o próprio paradeiro.
- Eu sinto… uma energia oriunda do Magatama. Ele está indicando algo para quem o detém. Esse alguém encontrou o santuário de Qin, onde está mais uma insígnia do Império Solar. Preciso me concentrar.
As tatuagens presas no fino tecido do quimono lilás da deusa vão ficando mais claros. No rosto dela, as rugas vão se tornando mais fortes, deixando seu rosto mais marcado. E os cabelos pretos ganham uma tonalidade de cinza.
- Oni ga deruka jya ga deruka.[4]
Luoyang
Um grito. Não um grito de desespero. Um grito feliz. Fei corre ao encontro de Xia Nai, para saber o motivo do estardalhaço que quase comprometeu a busca, por causa dos funcionários e arqueólogos que trabalham nas escavações.
- Que houve, Xia Nai?
- O Magatama. Olhe como brilha!
- Encontramos?
- Não. Ela está vindo.
- Ela quem?
- Ela. Temos pouco tempo, Fei. O que você encontrou nas escavações da Dinastia Qin?
- Apenas este prato.
Xia Nai pega a peça de cerâmica e olha com calma. Com um pequeno pincel limpa a superfície e descobre uns riscos de cor verde.
- Jade.
Ele continua olhando, mudando a posição do prato. E novamente grita.
- Província de Shaanxi, Fei.
Palácio de Verão
Agora os dois, cansados e feridos, se enfrentavam à margem do lago Kunming. As águas refletiam todo o Palácio, mas os passos, saltos e quedas destorciam a imagem.
A arma do Kahama – quebrada – estava em duas mãos agora. Como nunchakos.
Caminhando lentamente para trás, YUUKI vai na direção do lago. Elektra o acompanha, passo a passo. Corpo esguio. Primeiro a perna direita, em seguida, a esquerda.
Os sais não mais estavam queimando.
A respiração de ambos estava ofegante. As duas armas voltavam a girar nas mãos dos oponentes.
Até que dois sais são arremessados novamente, e voam a uma velocidade incrível.
Por reflexo, o Kahama rebate as armas brancas, mas com a força do impacto, seu Kau Sin Ke se perde na turva água ao centro daquela construção. Ao tempo em que ele se volta para buscar os equipamentos letais, a ninja acelera os passos e o empurra mais para o fundo do lago.
Uma rápida troca de socos e Elektra o segura pelo pescoço com a mão esquerda e rapidamente o vira de costas e seu braço o enforca, como uma chave-de-braço. Com o peso do próprio corpo, a assassina o empurra para debaixo d’água.
O Kahama se debate, e tenta acertar a cabeça da ninja com as mãos.
Em vão.
Elektra, mantendo os movimentos e golpes, passa a desferir cotoveladas na coluna de YUUKI.
As bolhas de ar que saem da boca do guerreiro solar guardam gotas vermelhas.
Ainda se debatendo, o grande samurai não se entrega, mesmo sendo enforcado pelo forte braço esquerdo da mulher, afogado em águas escuras, e recebendo cotoveladas na cervical.
- Sei que não preciso te matar.
Ele não se entrega.
Como se Elektra quisesse isso.
Ele se debate.
- Mas, apenas a derrota não me satisfaz.
Ele se movimenta desesperadamente.
O vermelho avança ao redor dos dois corpos.
A ninja e o samurai afundam.
Segundos de calmaria.
Passando as costas da mão direita rapidamente pelo nariz, Elektra emerge. Os cabelos lhe cobrem os ombros.
Ela sorri.
Outra vez.
Antes da luta começar, ela já sabia do resultado. Seu chi era mais forte, e o guerreiro fraquejou.
Mesmo assim, ela sabia que isso não era momento para júbilo. Essa vitória lhe consumiu enorme energia vital, ela estava esgotada, física e espiritualmente.
Ela mergulha no lago e busca as armas de YUUKI. Rapidamente as encontra.
Em seguida recupera os sais.
Seguindo o que o Kahama disse, sobre o que aconteceria se ele morresse, ela movimenta as barras de ferro em posições diferentes, e encontra o próximo destino.
Província de Shaanxi.
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Notas do autor:
[1] Kau Sin Ke – Consiste numa série de quatro a seis barras de ferro conectadas entre si por vários elos de correntes. Nas mãos certas podem ser mortais. Mas por não serem totalmente flexíveis como correntes, não podem ser usadas para enlaçar oponentes.
[2] Jade – A palavra "jade" transmite uma sensação de mistério. Em chinês, "jade" (yu) se refere a uma pedra bonita e fina com uma cor quente e brilhante, que é hábil e delicadamente esculpida. Na cultura chinesa, o jade simboliza nobreza, perfeição, constância e imortalidade. O jade é encontrado em montanhas e leitos fluviais, os chineses o consideram "a essência do céu e da terra"
[3] Segundo uma lenda chinesa, o mundo foi criado por Pan Gu. De início, o Universo e a Terra eram uma enorme confusão. O Universo assemelhava-se a um grande ovo preto dentro do qual dormia Pan Gu. Passaram-se 18 mil anos, ele despertou do prolongado sono. Sentiu-se sufocado e então pegou num machado e quebrou com a casca do ovo. A parte clara e leve do ovo subiu e formou o Universo, a parte fria e turva sedimentou-se e transformou-se na Terra. Preocupado com o fato do Universo e da Terra se juntarem novamente, Pan Gu pôs-se de pé, a fim de sustentar com a cabeça o Universo e a Terra com os pés. Cresceu dez chi (Chi, medida de comprimento antiga da China. Dez chi equivalem a 3,33 metros) por dia. Passaram-se mais dezoito mil anos, Pau Gu tornou-se num gigante com estatura de 90 mil li (45 mil quilômetros ). Passaram-se milhares de anos e o Universo permaneceu estável e a Terra, consolidada. Tempos depois, esgotado, Pau Gu caiu na Terra e morreu. A consequência você ficou sabendo na oração do homem para purificar T’ai li.
[4] Oni ga deruka jya ga deruka – Utiliza-se quando é difícil prever o que poderá acontecer em seguida.
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